Pernambuco possui um grande e importante acervo de azulejos históricos tanto na arquitetura religiosa como na civil. Parte significativa desse acervo encontra-se com graves problemas de deteriorações, principalmente por razões do clima tropical da região e pela proximidade com o ambiente marinho. Desde a década de 1950, procedimentos de conservação e restauro vêm sendo realizados por entidades públicas. Alguns tiveram resultados satisfatórios outros não atenderam a garantia da autenticidade e integridade do acervo.
Na atualidade duas técnicas de conservação e restauro vêm sendo utilizadas para a preservação do patrimônio azulejar em Pernambuco - uma que utiliza materiais tradicionais e outra que emprega materiais sintéticos. Ambas mostram-se exitosas, conforme o rigor na aplicação dos materiais e produtos, bem como pelas capacidades e habilidades técnicas das equipes de profissionais. Tais equipes são reduzidas e não têm capacidade de atendimento as maiores demandas, inclusive as oriundas da iniciativa privada.
A mão de obra qualificada e ambientes voltados para estudos técnicos sobre azulejaria é muito limitada. O IPHAN vem promovendo encontros técnicos em âmbito nacional para avaliar e discutir o tema através de experiências regionais. O CECI vem realizando estudos, experiências práticas, adquirindo bibliografia, publicando artigos nessa área do patrimônio cultural desde 2007. Neste sentido, montou a Oficina de Azulejos Tradicionais em 2010, dentro do Laboratório de Conservação Patrimonial – Multiusuário (LCP-M) com aparelhagem de forno, bancadas, ferramental e estruturas para análises físico-químicas básicas de materiais. Também, criou uma oficina de capacitação para com arquitetos e engenheiros no Curso de Gestão de Restauro a partir da sua 10ª edição (2010).
Responsável técnico: Jorge Eduardo Lucena Tinoco